PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), admitiu que pode disputar uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2026. Embora seu nome tenha ganhado força nos bastidores políticos como um dos favoritos para a disputa, ele afirmou que a decisão sobre seu futuro político só será tomada oficialmente em abril deste ano.
Em entrevista ao Broadcast da Agência Estado, Mendes destacou que a prioridade para o momento é continuar trabalhando em prol do desenvolvimento de Mato Grosso. "Os meus planos, primeiro em 2025, é continuar trabalhando muito, focar no meu Estado, entregando resultados. Tenho muito orgulho hoje do nosso Mato Grosso, um estado que lidera no agronegócio", afirmou.
Sobre os planos para 2026, o governador reforçou que a decisão ainda não foi tomada e que ouvirá a opinião de pessoas próximas antes de definir o futuro. "Ainda vou decidir. Primeiro, se quero continuar na política. Tenho sempre que dialogar com a minha esposa e meus filhos. Vou ouvir as pessoas que estão mais próximas, vou ouvir o sentimento da população do meu Estado e aí vou decidir se termino meu mandato até o final de 2026 ou se, eventualmente, deixo o cargo em abril para aspirar o cargo que estará disponível para ser disputado e, provavelmente, para senador", explicou.
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Cenário nacional e sucessão presidencial
Ao avaliar o cenário nacional, Mendes prevê que a sucessão presidencial pode ser marcada por uma "briga fratricida" tanto na direita quanto na esquerda, já que nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) possuem sucessores naturais com a mesma popularidade.
“Bolsonaro dominando a cena da direita, Lula a cena da esquerda. Talvez nenhum dos dois seja candidato. E aí nós vamos ter grandes surpresas: poderemos ter uma briga fratricida na esquerda para ver quem será o detentor dessa prerrogativa de ter o espólio do Lula e, do lado da direita, o de Bolsonaro”, avaliou o governador.
Segundo Mendes, essa falta de consenso pode resultar em uma multiplicidade de candidaturas, aumentando as chances de um segundo turno imprevisível.
"Poderá haver uma briga – e muitos quererem isso – não ter um acordo. E aí vamos ter uma enxurrada de candidatos. Aquele que se viabilizar mais pode ir para um segundo turno", concluiu.