Cuiabá, 30 de Janeiro de 2025
DÓLAR: R$ 5,88
FTN Brasil | Jornal de Verdade

Política e Eleições Terça-feira, 28 de Janeiro de 2025, 13:40 - A | A

28 de Janeiro de 2025, 13h:40 A- A+

Política e Eleições / EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE

Novo modal BRT gera debate entre deputados e representantes são convocados para explicarem sobre obras paralisadas

 Os representantes do Consórcio BRT devem participar de uma audiência pública em 13 de fevereiro, a partir das 9h, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Com prazo inicial de entrega em 2025, o BRT (ônibus de trânsito rápido em inglês) não será finalizado este ano, especialmente agora que as obras estão praticamente paradas. Já existem previsões de que nem mesmo o governador Mauro Mendes (União) conseguirá inaugurar o modal em sua gestão, que termina em 2026. Os frequentes atrasos no cronograma foram alvos de críticas de deputados estaduais e o Consórcio BRT foi convocado para prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa.

As obras do modal começaram oficialmente em janeiro de 2024 e tinham conclusão prevista inicialmente para outubro de 2024. Também foi alvo de confrontos entre o governador Mauro Mendes (UB) e o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Apenas essa briga atrasou em nove meses o começo das intervenções na Capital, que um ano depois só foram realizadas na Avenida do CPA, sendo que ainda falta o trecho da Avenida Fernando Corrêa.

Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL

Foram mais de 50 notificações feitas pelo Governo do Estado às três empresas que formam o consórcio, mas nada foi resolvido. De um lado Mauro afirma que o "bicho vai pegar" e do outro o Consórcio BRT acusa o Estado de contribuir para esses atrasos.

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o assunto voltou com força total. O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) apresentou um requerimento para que os representantes do consórcio participem de uma audiência pública para explicar a situação das obras. 

"Até agora, em janeiro de 2025, apenas cerca de 20% da obra foi concluída e o prazo de conclusão era outubro do ano passado. A avaliação, hoje, é de que a obra não se conclua antes de 2026. Então, serão oito anos de mandato do atual Governo, sem que haja conclusão dessa obra", criticou Lúdio na tribuna.

O consórcio é liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A e foi contratado em agosto de 2022 por R$ 468 milhões para realizar as obras do BRT, que substituiu o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal de transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande. O VLT deveria ter sido entregue em 2014.

Uma das questões levantadas pelo consórcio em nota pública é que o anteprojeto do BRT não contemplou a macrodrenagem da Avenida Tenente Coronel Duarte, conhecida como Prainha. O serviço ainda não foi contratado pelo governo e é necessário em razão dos constantes alagamentos na região. O BRT usará ônibus elétricos, que não podem circular em vias com lâmina d'água.

"A Prainha é o ponto mais crítico dessas intervenções: já era para o VLT e continua sendo para as obras do BRT. E nós ouvirmos posicionamento de que não há sequer projeto estrutural para enfrentar aquele nó crítico, isso pode inviabilizar o BRT, e olha que toda a Avenida do CPA já foi arrebentada para construção da pista nova", destacou Lúdio, lembrando ainda o outro eixo, na Avenida Fernando Corrêa, que ainda não foi iniciado.

Quem também alfinetou não só as empresas como o próprio Governo foi o próximo presidente da AL, Max Russi (PSB). "Acho que o governador e o secretário [de Infraestrutura] têm tomado providências, mas esperamos que sejam ainda mais enérgicas. A empresa deve ser multada e tudo que a Legislação permitir deve ser feito para garantir o cumprimento do cronograma".

 Os representantes do Consórcio BRT devem participar de uma audiência pública em 13 de fevereiro, a partir das 9h, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Comente esta notícia

Esse est et proident pariatur exercitation