ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O prefeito eleito Abilio Brunini (PL), denunciou à Polícia Federal o suposto esquema onde três vereadores teriam recebido R$ 200 mil cada do Comando Vermelho para mudar os votos, um dia depois de afirmar à imprensa que o Comando Vermelho tentou interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá.
Abilio afirma que irá repassar ao secretário de Segurança Pública do Estado, César Augusto de Camargo Roveri, todas as informações que reuniu com relação a denúncia de suposta participação da facção criminosa Comando Vermelho na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. O liberal afirma que já informou alguns delegados de polícia sobre o fato e espera que tudo seja esclarecido.
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"Eu já contei para o delegado, já contei para outra pessoa. Fiz isso de forma sigilosa, em proteção das pessoas, até que tenha a investigação correta. Agora eu vou falar com o secretário de Segurança Pública, vou falar com a delegada-geral da Polícia Civil e vamos seguir a nossa parte como eu sempre fiz", afirmou o prefeito eleito em entrevista nesta sexta-feira (08).
“A gente vai conversar com o secretário, vai conversar com a delegada geral e vamos apresentar as informações que a gente tem para que a gente possa ter as providencias tomadas. [...] Vou passar todas as informações que eu recebi. Na verdade, eu já passei isso para alguns delegados e vou reforçar com o secretário”.
"Eu já fiz a minha parte, eu já expus isso. Entenda, expor essa situação até me protege fisicamente de toda essa situação. Isso já me protege para não ter risco da pessoa querer fazer alguma coisa contra o Abilio", enfatizou.
Essa não é a primeira vez que a relação do Comando Vermelho com a Câmara é alvo de investigação. Em junho a Operação Ragnatela identificou a participação de um parlamentar municipal em um esquema de lavagem de dinheiro da facção, através de boates e casas de show, que movimentaram altos valores nos últimos anos.
Sem citar nomes, ele apenas disse que alguns dos vereadores que estariam supostamente ligados a facção criminosa seriam os que foram citados nas Operação Ragnatela e Pubblicare, deflagrada pela Polícia Federal em junho e setembro deste ano.
Já em setembro essa ação teve um desdobramento, a Operação Pubblicare, em que o vereador Paulo Henrique (MDB) chegou a ser preso. Ele e outros servidores foram denunciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo as investigações, o vereador liderava a quadrilha.
“Não quero dar nomes para não correr o risco de ser so boatos. Então, vamos pedir que eles façam a investigação, eles têm os instrumentos adequados para isso e no tempo certo aparecerá as respostas”, completou.
O principal parlamentar alvo das operações citadas por Abilio foi Paulo Henrique Figueiredo (PV) que, inclusive, chegou a ser preso e está afastado do cargo por determinação judicial. Ele, contudo, não conseguiu ser reeleito.
Outros vereadores citados na investigação foram Marcus Brito Junior (PV), Mario Nadaf (PV) e o hoje deputado estadual Juca do Guaraná (MDB).
Hyla fabiana 09/11/2024
Kkkkkkkkkk E os que negociaram com ele o apoio a 50 mil ? É piada Fora as centenas de votos que ele comprou e todo mundo sabe . Nem todo candidato pode dizer que teve votos livres e consciêntes ....
Paulo 09/11/2024
Acusou, agora vai ter que provar.
2 comentários