ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), após anunciar a sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 agitando o cenário político nacional, trouxe grande alvoroço dentro do próprio partido e no Congresso Nacional, especialmente após declarações do senador Jayme Campos sobre a necessidade de uma postura independente em relação ao governo Lula.
Caiado afirma que está preparado para disputar em qualquer circunstância, mesmo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com parte de seu partido alinhado ao governo Lula.
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Ronaldo Caiado, conhecido por sua gestão em Goiás, entra na disputa presidencial com um discurso focado em agronegócio e desenvolvimento econômico. Sua candidatura pode atrair eleitores de centro-direita, mas também divide opiniões dentro do próprio partido. Resta saber como ele se posicionará diante de temas sensíveis, como a relação com o governo atual e a polarização política.
Jayme Campos, líder do União Brasil no Senado Federal, defendeu que o partido adote uma posição autônoma no Congresso, sem alinhamento automático ao governo federal. Ele criticou a participação do partido no ministério de Lula, afirmando que isso limita a liberdade de ação.
A fala ocorre em um momento crucial, quando o partido busca definir seu papel na próxima eleição presidencial. A candidatura de Caiado pode ser um divisor de águas para o União Brasil, que tenta consolidar sua identidade política. "Se o partido tem interesse em disputar, tem que sair do governo né. Eu particularmente, sempre defendi a tese para que no Brasil não tivesse Ministério...para que os candidatos tivessem muito mais liberdade para votarem aquilo que são imposições. Porque quando o partido participa da base do governo, você tem obrigação de acompanhar com certeza o presidente do seu partido...Eu voto com consciência, independente, para o povo brasileiro, mas sobretudo para o povo mato-grossense", afirmou Campos.
A possível saída do União Brasil da base aliada do governo Lula pode complicar a articulação política do Planalto. Com uma bancada significativa no Congresso, o partido tem sido um importante apoio para a aprovação de projetos. A candidatura de Caiado pode tensionar essa relação, especialmente se o partido decidir romper formalmente com o governo.