PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A relação entre o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e o Governo de Mato Grosso, particularmente com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT), tem sido marcada por tensões e desentendimentos. O secretário da Seduc-MT, Alan Porto, criticou duramente o Sintep-MT, acusando o sindicato de não reconhecer os avanços promovidos na área da educação pelo governo estadual.
Por outro lado, o Sintep-MT tem feito críticas severas à gestão da Seduc-MT, levantando questões como a prática de aprovar alunos sem que eles alcancem a nota mínima necessária, a falta de atendimento às reivindicações da categoria, e a ausência de concursos públicos para preencher vagas no setor educacional. Essas questões têm gerado atritos contínuos e contribuído para uma relação conflituosa entre o sindicato e a administração pública estadual.
O secretário da Pasta declarou que a Seduc-MT está disposta a dialogar com o Sintep-MT, mas condicionou essa disposição a uma mudança na maneira como o sindicato faz suas reivindicações. Porto sugeriu que o sindicato readeque sua abordagem, o que, segundo ele, poderia abrir caminho para um diálogo mais produtivo entre as partes.
“Infelizmente o Sintep tem ódio da educação pública, questiona todos os resultados. Esses resultados são dos profissionais da educação. Quando o diálogo for com respeito e propositivo para falar de melhorias nos resultados, estaremos dispostos a conversar”, disse.
“O Sintep é a única instituição contra todos os resultados que a educação conquistou até aqui, principalmente em alfabetização, porque critica o redimensionamento, que foi uma estratégia muito assertiva do Estado que fez os resultados – inclusive dos anos iniciais – melhorarem bastante”, acrescentou.
O secretário, por fim, afirmou que haverá a contratação de novos educadores por meio de concurso garantido pelo Governo do Estado ainda este ano. Ele, entretanto, negou que essa seja uma medida implementada pela reinvindicação do Sintep.
“O concurso público é uma demanda prevista no Plano Plurianual [PPA] e no Plano de Trabalho Anual [PTA] da Seduc, não é demanda do sindicato. Isso está no nosso planejamento, já foi autorizado pelo governador Mauro Mendes e vamos publicar o edital para contratação da empresa para realizar o concurso na educação”, completou.
Justino 02/09/2024
O governo está preocupado com números para mostrar aos órgãos financiadores internacionais e à população que mal sabe como os métodos de avaliação são deficientes e como o governo maqueia o suposto aprendizado de estudantes. Tudo para inglês ver. Estou deixando a profissão de professor porque é muita pressão, eles cobram muitas coisas, eu nunca trabalhei tanto como agora na educação, já estou no terceiro ano e nada de aliviar a quantidade de coisas pra fazer. Ru achava que com o tempo, depois de reunir bastante material e estar adaptado ao sistema, eu deixaria de levar trabalho pra casa, que o tempo na escola seria o suficiente, mas nada, continua do mesmo jeito, cada ano fazem novas exigências e lá estamos nós nos dedicando e perdendo a vida, a socialização, a vida em família, a diversão e a dignidade humana para o governo dizer que o sindicato que nos defende odeia a educação. São uns parasitas mesmo. Pretendo não continuar na profissão no próximo ano e o número de professores que já deixaram a profissão ou pensam em deixa-la é muito grande, é uma profissão com alta taxa de rotatividade. Fora o estresse, desrespeito dos alunos que é cada vez pior, a falta de interesse, o desafio de tentar criar aulas que chamem mais atenção que as telas de celulares, não temos como competir com algo que lhes dá descargas de prazer em ficar rolando atualizações etc
1 comentários