ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A exoneração do segurança do governador Mauro Mendes (União Brasil), Wailson Ramos, um dia antes de ele ser preso na Operação Office Crime - Outra Face, na última quinta-feira (6), foi alvo de críticas do ex-governador Pedro Taques (SC), que acusa o gestor de ter recebido informações privilegiadas sobre o caso. O militar é suspeito de participar da morte do advogado Renato Nery, em julho de 2024.
"A sociedade mato-grossense precisa saber quem vazou essa operação. Foi coincidência? Foi obra do Divino Espírito Santo?", afirmou Taques em vídeo divulgado em suas redes sociais na quinta-feira.
"Um dos policiais presos fazia parte da Casa Militar do Governo do Estado de Mato Grosso. Estava na segurança do governador e um dia antes da operação foi exonerado. Isto é estranho. O governador tem que responder sobre isso. Coincidência? Não existe coincidência. Alguém vazou esta importante operação", questinou Taques.
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"Eu já fui governador por quatro anos. Me vazaram uma informação sobre uma operação, eu não tenho direito como governador de tomar conhecimento de operação da polícia. O que eu fiz? Imediatamente liguei para o desembargador Orlando Perri, relator do caso e disse a ele que a operação foi vazada e coloquei isso no papel, mandei para o presidente do Tribunal de Justiça", argumentou ainda o ex-governador no vídeo.
Taques afirmou em seu vídeo que o caso é isolado e que existem "bons policiais" no Estado. "Devo a minha vida à Polícia Militar. Fiquei 10 anos com escolta. Não podemos generalizar policiais militares sérios que exercem sua atribuição, combatendo a criminalidade no nosso estado. A estes policiais militares presos deve ser dado o direito ao amparo da defesa, o contraditório sem pré-julgamento".
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) afirmou que o caso foi apenas uma coincidência, já que a demissão foi pedida em 27 de fevereiro, mas só foi formalizada na última quarta-feira (05) por causa do Carnaval.