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Política e Eleições Quinta-feira, 06 de Março de 2025, 10:48 - A | A

06 de Março de 2025, 10h:48 A- A+

Política e Eleições / FARRA NOS PRESÍDIOS DE MT

Facções comandando mercadinhos é "inadmissível", afirma presidente da Assembleia Legislativa

Investigações apontaram que criminosos usavam os estabelecimentos para lavagem de dinheiro

VITÓRIA GOMES
DO SITE MIDIANEWS

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirmou ser “inadmissível” que facções criminosas usem os mercadinhos dentro dos presídios para ganhar dinheiro.

Recentemente o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) citou que uma facção usava o mercadinho da Penitenciária Central de Cuiabá (PCE) para lavar dinheiro - o que foi admitido por Sandro Rabelo, o "Sandro Louco".

Em quatro anos, uma associação de servidores da penitenciária movimentou nada menos que R$ 13 milhões - dinheiro que teria origem em transações criminosas entre a associação e a facção.

“Nós não podemos aceitar que facção nenhuma comande um órgão público. Isso é inadmissível. Ainda mais um mercadinho que dá lucro. Não podemos aceitar isso, o Estado não pode aceitar e a Assembleia não vai aceitar”, afirmou o deputado em entrevista ao Conexão Poder.

Nós não podemos aceitar que facção nenhuma comande um órgão público. Isso é inadmissível. Ainda mais um mercadinho que dá lucro

Neste ano o governador Mauro Mendes (União) vetou um artigo de uma lei aprovada na Assembleia Legislativa que permitia o funcionamento das estruturas dentro das cadeias.

Agora os deputados estaduais devem votar pela derrubada ou permanência do veto. A pauta tem dividido opiniões entre os parlamentares.

Questionado sobre seu posicionamento Max não quis dizer ser contra ou a favor do funcionamento dos mercadinhos. Porém, criticou “privilégios” para os detentos.

“Não defendo privilégios, o que tiver de privilégios dentro de um sistema de quem estava na sociedade e cometeu um delito, muitas vezes destruiu família, jamais vou concordar. Sou totalmente contra isso”, disse.

“Agora, a gente também não pode não dar o mínimo para um ser humano”, completou.

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