VITÓRIA GOMES
DO SITE MIDIANEWS
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirmou ser “inadmissível” que facções criminosas usem os mercadinhos dentro dos presídios para ganhar dinheiro.
Recentemente o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) citou que uma facção usava o mercadinho da Penitenciária Central de Cuiabá (PCE) para lavar dinheiro - o que foi admitido por Sandro Rabelo, o "Sandro Louco".
Em quatro anos, uma associação de servidores da penitenciária movimentou nada menos que R$ 13 milhões - dinheiro que teria origem em transações criminosas entre a associação e a facção.
“Nós não podemos aceitar que facção nenhuma comande um órgão público. Isso é inadmissível. Ainda mais um mercadinho que dá lucro. Não podemos aceitar isso, o Estado não pode aceitar e a Assembleia não vai aceitar”, afirmou o deputado em entrevista ao Conexão Poder.
Nós não podemos aceitar que facção nenhuma comande um órgão público. Isso é inadmissível. Ainda mais um mercadinho que dá lucro
Neste ano o governador Mauro Mendes (União) vetou um artigo de uma lei aprovada na Assembleia Legislativa que permitia o funcionamento das estruturas dentro das cadeias.
Agora os deputados estaduais devem votar pela derrubada ou permanência do veto. A pauta tem dividido opiniões entre os parlamentares.
Questionado sobre seu posicionamento Max não quis dizer ser contra ou a favor do funcionamento dos mercadinhos. Porém, criticou “privilégios” para os detentos.
“Não defendo privilégios, o que tiver de privilégios dentro de um sistema de quem estava na sociedade e cometeu um delito, muitas vezes destruiu família, jamais vou concordar. Sou totalmente contra isso”, disse.
“Agora, a gente também não pode não dar o mínimo para um ser humano”, completou.