R.BLATZ
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que mantém sua confiança na inocência dos vereadores Kleberton Feitoza (PSB) e Adilsinho (Republicanos), alvos da Operação Escambo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal nesta semana, por suposta compra de votos nas eleições municipais de 2024, em Várzea Grande.
“Por enquanto, acredito na inocência dos vereadores. A Polícia Federal deve apurar os fatos, já que as investigações indicam promessas de dinheiro, empregos, distribuição de água e perfuração de poços artesianos. Se isso se confirmar, caberá à Justiça Eleitoral tomar as medidas necessárias”, declarou o parlamentar.
Campos também endossou a posição do presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB), e do presidente da Comissão de Ética, Jânio Calisto (PSD), que defendem a necessidade de acesso ao processo antes de qualquer medida interna.
“Sem conhecer o conteúdo do processo, a Comissão de Ética não tem como agir. Mas acredito que, com o avanço do inquérito, a comissão cumprirá seu papel quando os fatos forem esclarecidos”, disse.
A operação
Segundo a PF, a investigação teve início em 6 de outubro do ano passado, dia da eleição. Na ocasião, dois homens foram presos em flagrante pela prática do crime de compra de votos.
No decorrer da apuração, a Polícia Federal identificou que os dois vereadores eleitos foram beneficiados com a compra de votos.
Os suspeitos se utilizavam de promessas de pagamento em dinheiro e até mesmo fornecimento de água, óleo diesel e outros benefícios em troca de votos.
As medidas cautelares da operação de hoje objetivam angariar elementos que contribuam para a instrução da investigação em curso.
Confirmada a autoria dos crimes, os responsáveis poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e associação criminosa, cujas penas podem chegar até sete anos de reclusão.