ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), se pronunciou após um grande impasse envolvendo o feriadão da Semana Santa e Tiradentes e servidores da Educação, especialmente professores da rede municipal.
Durante uma live realizada nesta terça-feira (15), o gestor municipal fez questão de esclarecer que o dia 17 de abril, quinta-feira, não será feriado nem ponto facultativo na capital. Segundo ele, a Prefeitura e suas Secretarias funcionarão normalmente.
O motivo foi a tentativa do prefeito de manter aulas na quinta-feira Santa (17), contrariando o calendário escolar já aprovado.
A justificativa era de que muitos pais trabalham na data e não teriam com quem deixar os filhos, considerando ainda o feriado da sexta-feira Santa (18) e o de Tiradentes (21), na segunda-feira.
Diante da repercussão negativa, Abilio apagou a postagem e fez duas postagens no Instagram, dizendo que os conselhos escolares e algumas instituições aprovaram a folga durante o período de transição da gestão, sem o aval do novo comando da Prefeitura. “Infelizmente, não tenho como barrar isso”, disse na transmissão.
"Algumas escolas elas decretaram que não terá aula no dia 17, mesmo não sendo ponto facultativo, mesmo não sendo feriado. Em algumas escolas, em seus conselhos da própria gestão escolar, definiiu que não terão aula...El elas podem definir isso, mesmo não sendo feriado, mesmo não sendo ponto facultativo...E no ano passado, o ex-prefeito não definiu que seria ponto facultativo nem feriado e nem folga".
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A justificativa para o cancelamento veio dos conselhos escolares, órgãos compostos por gestores, professores e representantes da comunidade. Embora tenham autonomia para ajustes no calendário, a decisão de paralisar atividades em dia útil gera estranheza. Enquanto a Secretaria de Educação afirma que não há interferência sindical.
Abilio explica que "na transição de gestão, algumas escolas através dos seus conselhos escolares em meio a substituição dos professores, aproveitaram e colocaram o dia 17...Então infelizmente, eu não consigo substituir aqueles que disseram que não terão aula dia 17", pontuou.
Diante de inúmeros comentários negativos em seu suas redes sociais, o gestor muncipal explicou que não é culpa da sua gestão esse mal entendido, muito menos dos professores. "O professor não tem culpa..A culpa foi da administração, a culpa é do sindicato que fizeram parte desse processo e a culpa é também do conselho sim. Porque o conselho poderia rejeitar a qualquer orientação de descanso do dia 17 que não é feriado e não é ponto facultativo.
A polêmica revela uma tensão entre autonomia escolar e planejamento educacional. Enquanto as escolas defendem sua liberdade de organização, famílias cobram mais transparência e menos improvisos no calendário. O desafio agora é equilibrar esses interesses sem afetar quem mais importa: os alunos.
Para muitas famílias, a suspensão repentina das aulas significa logística complicada. Pais que trabalham fora precisam reorganizar rotinas ou arcar com custos extras de creche ou babá. Além disso, o adiamento de conteúdos pode exigir reposição posterior, gerando gastos adicionais com energia e transporte escolar.
O prefeito de Cuiabá ainda acrescentou que irá revisar o calendário escolar e que essa situação não irá se repetir.