ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), revelou que está em busca de apoio político para assumir a administração do Hospital Santa Casa. A unidade, gerida atualmente pelo governo estadual, será desativada com a inauguração do novo Hospital Central.
Abilio requer que os equipamentos da Santa Casa sejam doados à prefeitura para garantir a continuidade dos atendimentos no local. Segundo ele, o governo já sinalizou positivamente sobre essa possibilidade.
“Pode ser que a gente fique com o espaço desocupado, então, para gente não poder perder os equipamentos que estão lá dentro, porque o governo do Estado ficou de disponibilizar para gente esses equipamentos. [Vim] conversar com os deputados para ver se eles entram nessa ‘guerra’ com a gente”, explicou o gestor durante visita a Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (16).
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O gestor municipal afirmou que não descarta essa possibilidade. A unidade é avaliada em pouco mais de R$ 25 milhões e essa seria a melhor alternativa do que manter o funcionamento do Hospital São Benedito, tendo em vista, que o aluguel mensal é de R$ 200 mil.
O governo de Mato confirmou na segunda-feira (14) que o Hospital Estadual Santa Casa será desativado assim que o novo Hospital Central for inaugurado. O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde Gilberto Figueiredo, durante audência pública no Legislativo Estadual.
Sendo assim, os atendimentos atualmente ofertados pelo governo estadual na Santa Casa serão descontinuados. As especialidades médicas da unidade devem ser absorvidas pelo Hospital Central, cuja previsão é de funcionamento total até dezembro, segundo o Executivo estadual.
Gilberto Figueiredo revelou que, caso a Prefeitura de Cuiabá consiga angariar o prédio do Hospital Estadual Santa Casa, o governo do Estado poderá auxiliar na doação de equipamentos já utilizados na unidade ao município.
As tratativas estão sendo feitas junto ao Tribunal de Regional de Justiça do Trabalho (TRT-MT), responsável pela gestão do passivo da antiga Santa Casa de Misericórdia.
Com a entrega do Hospital Central prevista para agosto deste ano, Gilberto argumentou que o desejo do governo é fechar as portas da unidade gerida pelo Estado desde 2019.
“Ele é um hospital que está preparado e equipado para funcionar como um hospital. É um dos que mais produz no Estado, mesmo com as deficiências de caráter estrutural. (...) O governo de Estado devolve, porque não é um patrimônio do governo do Estado, é uma requisição administrativa que se encerra a partir do momento que nós inaugurarmos o Hospital Central”, reforçou o secretário.
Com a “saída de cena” do governo, Brunini tentará manter a unidade, caso obtenha sucesso com as tratativas no TRT. O Objetivo do prefeito é levar o Hospital São Benedito para o prédio, visto que, segundo o liberal, a prefeitura desembolsa R$ 200 mil mensais em aluguel para manter a unidade funcionando no local atual.
Vale lembrar que em meio ao crescimento de casos de chikungunya em Cuiabá e na região metropolitana da capital, a Santa Casa tem “desafogado” o trânsito de pacientes entre as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas do município, em especial com a oferta de atendimento pediátrico.
O deputado estadual Max Russi (PSB), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, afirmou que a Casa de Leis garantiu que irá ajudar a Saúde de Cuiabá destinando recursos por meio de emendas parlamentares e acabar com esse imbróglio. Segundo Russi, a ajuda da AL será por meio de uma emenda parlamentar no valor de R$ 25 milhões.
Gerência da Santa Casa
A antiga Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá passou a ser Hospital Estadual Santa Casa após o ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) transferir a gestão para o Governo do Estado, em 2019, devido a uma grave crise financeira.
Agora, para que ela possa ser devolvida à Prefeitura, é preciso que Abilio faça propostas ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que atualmente faz a gestão dos passivos do hospital, devido a inúmeros trabalhadores que já tiveram prejuízos no local.