R.BLATZ
DA REDAÇÃO
O vereador de Várzea Grande, Kleberton Feitoza Eustaquio, o Feitoza (PSB), disse ter recebido denúncias de que o médico Diego Flores, marido da subsecretária de Saúde, Erika Carvalho, estaria atuando no Postão da cidade, indicando um suposto nepotismo.
Feitoza mencionou que a denúncia aponta que os laudos de endoscopia estariam sendo assinados exclusivamente por Diego Flores, mas não conseguiu confirmar se ele é contratado, comissionado ou se possui alguma empresa prestando serviços para a Prefeitura.
"Até agora, eu não consegui achar o rastro dele. Se ele é contratado, se ele é comissionado, se ele tem uma empresa que presta o serviço. Pelo que tudo indica, segundo a denúncia, os laudos das endoscopias são todos ele que assina", disse.
"E um colega no parlamento falou que o maquinário é doado, que os insumos são doados, que o médico está doando. É uma coisa muito intrigante porque o médico doando sua mão de obra, o médico doando seus insumos, médico doando o maquinário para a população várzea-grandense?", acrescentou.
O vereador ainda fez referência ao histórico de Diego Flores, alegando que ele teve problemas em janeiro deste ano no Hospital São Benedito e foi exonerado devido a acusações de corrupção e práticas ilegais na unidade.
"O marido da subsecretária já vem com uma longa ficha", disse Feitoza.
Por fim, o vereador fez duras críticas à prefeita Flávia Moretti e à Secretária de Saúde, Deisi de Cássia Bocalon Maia, acusando-as de se compactuarem com o caso.
"Fica a minha indignação porque a prefeita Flávia Moretti e a secretária de Saúde são muito moralistas, mas estão fazendo coisas não só imorais como tudo está indicando, mas também supostamente ilegais", criticou.
Feitoza destacou que tomará todas as medidas necessárias para esclarecer os fatos e, caso se comprove alguma irregularidade, tomará as providências cabíveis, inclusive encaminhando a denúncia ao Ministério Público.
Feitoza foi alvo da Operação Escambo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (11), acusado de compra de votos na eleição do ano passado.