PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve, por unanimidade, o bloqueio judicial de uma casa de luxo no condomínio “Primor das Torres”, em Cuiabá, avaliada em R$ 900 mil.
Segundo as investigações, o imóvel foi adquirido por apenas 20% do valor real e era utilizado por P. W.F. P., conhecido popularmente como "W.T", apontado como tesoureiro da facção Comando Vermelho no estado.
A decisão foi proferida no dia 15 de abril, com voto do relator Marcos Machado, diante de indícios de lavagem de dinheiro na transação intermediada por uma imobiliária investigada na operação “Apito Final”.
O relator do caso afirmou que, embora o atual proprietário alegue ter adquirido o bem de "boa fé", há indícios claros de lavagem de dinheiro. A casa foi negociada por meio de uma imobiliária suspeita e era anteriormente ocupada por W.T e sua esposa.
“Não se trata de acusar o atual comprador de integrar o esquema, mas é inegável o indício de lavagem de dinheiro envolvendo o imóvel”, afirmou Machado durante o julgamento.
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Operação Apito Final
WT foi preso em março em Maceió (AL) e é investigado por movimentar R$ 65 milhões através de imóveis, “laranjas” e o time amador "Amigos do WT".
A operação “Apito Final” já resultou em dezenas de mandados, bloqueios e apreensões. A Polícia Civil, através da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), aponta o uso de familiares, amigos e advogados para ocultar bens da facção.
A sentença do processo principal é esperada nos próximos meses.
