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Política e Judiciário Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 08:51 - A | A

10 de Abril de 2025, 08h:51 A- A+

Política e Judiciário / "BÔNUS NATALINO"

Conselho Nacional de Justiça arquiva reclamação disciplinar contra ex-presidente do TJMT sobre o 'vale peru'

Os magistrados devolveram o bônus em parcela única até o dia 3 de janeiro. Já os servidores, para evitar um abalo em suas contas, houve um parcelamento que será descontado na folha salarial

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, arquivou uma reclamação disciplinar contra a ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva. A decisão é da última segunda-feira (7) e foi confirmada pela presidente da Associação Mato-grossense dos Magistrados (AMAM), juíza Jaqueline Cherulli.

A reclamação foi aberta por conta do auxílio de Natal aos magistrados e servidores do Judiciário no valor de R$ 10 mil. O auxílio ficou conhecido como "vale peru".

Entre as alegações para o arquivamento está a "revogação do provimento que aprovou o auxílio alimentação de natal". Como o "bônus natalino" já havia sido pago, a então presidente determinou a devolução dos valores recebidos.

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Os magistrados devolveram o bônus em parcela única até o dia 3 de janeiro. Já os servidores, para evitar um abalo em suas contas, houve um parcelamento que será descontado na folha salarial.

Em dezembro de 2024, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso pagou o auxílio-alimentação de Natal no valor de R$ 10 mil para juízes, desembargadores e servidores. Mensalmente, este auxílio é de cerca de R$ 2 mil.

O ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do CNJ, mandou suspender o pagamento por considerar o valor exorbitante.

Diante da decisão, a então presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino, determinou a devolução dos recursos, que já havia sido creditados nas contas dos beneficiados.

O 2° maior gasto do país

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base nos dados de 2023, apontou que Mato Grosso é o segundo estado do país que mais gasta com a categoria. Por mês, cada magistrado gera um custo mensal de R$ 116 mil, o que coloca o estado atrás apenas a Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), com R$ 120,3 mil, e à frente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), que registra R$ 111 mil.

O CNJ apontou que os três estados são os únicos no país onde o custo médio mensal por magistrado ultrapassa os R$ 100 mil, e vai em contrapartida com o teto constitucional, que é de R$ 44 mil, referente ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Conselho explicou que o custo médio calculado inclui despesas como benefícios, encargos sociais, previdência, imposto de renda, diárias, passagens, indenizações e outros valores relacionados à atuação judicial. Esses custos não representam os salários dos magistrados, mas o gasto total da Justiça com cada profissional.

 

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